Sobre sorte, destino e pessoas

     

      1794 participantes da promoção de um livro. 5 ganhadores. Eu fui uma das ganhadoras. Tudo bem, não é uma coisa tão extraordinária. Mas eu considero que seja, principalmente por três fatores que vou listar aqui.1 Eu nunca ganhei uma promoção em toda a minha vida. E nunca esperei ganhar,sempre participei das promoções sem nem mesmo ver os resultados, por achar que nunca fosse ganhar. 2 Dessa vez eu pensei que eu fosse ganhar. Eu sabia que eu ia, e eu ganhei. 3 O livro em questão é o A culpa é das estrelas,de John Green. Foi o destino.
         
         Entendo, você acha que foi apenas sorte.
          
        O livro conta a história de uma garota com câncer terminal, e me fez pensar inúmeras coisas. É um livro incrível, leve, apesar de ter no enredo, um tema tão pesado. Eu gostei tanto dele, que na verdade eu ainda não terminei de ler, mas eu precisei escrever mesmo assim. A personagem Hazel me encantou e me preocupou. Eu fiquei triste, mas não com a história da personagem. Fiquei triste por ter uma vida incrível,e mesmo assim não ter aproveitado tão plenamente dela nos últimos anos. Quando penso nos últimos anos, vejo que vivi pela metade. Tenho coisas ótimas  para contar, convivi com pessoas maravilhosas. Mas não saí  todas as vezes que me convidaram, não viajei para todos os lugares para os quais fui chamada, e com isso, perdi, tenho certeza, a oportunidade de conhcer pessoas e lugares ótimos, de acumular boas lembranças.

        É difícil dizer porque eu recusei tantos convites. Algumas vezes por não gostar do ambiente, ou da música. Outras tantas, por simplesmente preferir ficar em casa sozinha, porque eu sempre disse não gostar das pessoas. Acontece, que eu gosto das pessoas. Eu preciso delas. São as pessoas das quais gostamos que preenchem nossas vidas, e fazem com que tudo valha a pena. Ao ler o livro, eu percebi isso. É tão óbvio. Mas eu precisei do livro pra perceber . Percebi que o vazio que senti algumas vezes, era a falta de contato com as pessoas. 

         Percebi, no fim das contas, que o destino colocou o livro no meu caminho, para eu perceber que na verdade não existe destino. Para encontrar boas pessoas, e viver boas coisas eu preciso procurar por elas. E pode ser, que assim como eu, outras pessoas precisem desse livro para finalmente aprender a viver plenamente.

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